quarta-feira, 18 de novembro de 2009

FUMAR MATA!


“Quem sabe o que acontece às pessoas que fumam? Certamente sabes a resposta a esta pergunta... “Pulmões negros como o carvão e morrem!” Sim, claro, é verdade... Mas alguém sabe o que acontece aos que ficam, aqueles que estão todos os dias a sofrer pela morte de uma pessoa que morreu à custa de uma coisa tão simples como um cigarro... Acho que não sabes, mas essa é a minha história...


Sou uma adolescente como tu, uma pessoa com sonhos e esperanças (tirar boas notas na escola, ter muitos amigos, etc.), mas há aproximadamente um ano, os meus sonhos e esperanças foram dizimados pela morte do meu pai. Sim, o meu pai era um fumador e, pelo que eu posso dizer, um profissional. Nunca saía de casa sem o seu cigarro na boca e não ia dormir sem fumar o seu cigarrinho na varanda. E assim foi desde que eu me lembro de existir e acabou quando lhe foi diagnosticado um cancro grave nos pulmões... Todos os dias era a mesma monotonia: levantar-se, ir á casa de banho, varanda, fumar; levantar-se, ir á casa de banho, varanda, fumar.

Um certo dia, cheguei a casa vinda da escola e vi o meu pai a vomitar violentamente na pia da cozinha. «Aconteceu outra vez!» - pensei para com os meus botões. Ajudei-o a recompôr-se e limpei a pia.

- Pai, devias de ir ao hospital ver o que se passa! Deves ter alguma coisa no estômago, pois estás constantemente a vomitar!! Eu não tenho pachorra nehuma para andar sempre a limpar os teus vómitos!!É que, caso não saibas, eu tenho uma vida!!!- disse zangada.

E, não sei por alma de que santo, ele deu-me ouvidos e, assim que a minha mãe chegou a casa, foi ao hospital. Bem, após a ida ao hospital, o meu mundo desabou. Foram feitos exames e exames e o resultado deu positivo em todos eles: cancro do pulmão. A minha mãe chorava, o meu pai olhava para mim constantemente. Eu deveria de estar com ar de estátua agora, pois não me conseguia mover e nem mesmo mexer a boca.

E durante dias e meses eu sofri, ao visitar o meu pai ao hospital. Sofri por vê-lo deitado naquela maldita cama de hospital, sofri ao vê-lo sofrer com a sua doença. Todos os dias amaldiçoei quem tinha inventado a nicotina, amaldiçoei quem tinha inventado o próprio cigarro, amaldiçoei quem tinha inventado o tabaco (embora tenha pedido mil vezes desculpa a Deus pela minha falta de consideração). Dias de dor e expectativa decorreram ser ele melhorar apenas um bocadinho... Cada vez que eu o ia ver ele estava mais magro, cada vez mais triste... Ele sabia o que ia acontecer e eu acho que também sabia( tinha ouvido e falado sobre isso na escola), só que eu não queria acreditar.... Mas o que eu mais temia que acontecesse, aconteceu...

No dia 24 de Agosto de 2006, o meu pai morreu....”

Esta história não é verídica, mas é uma história com um fundo de verdade. Se pensarmos e pesquisarmos, quantas vezes nos deparamos com o facto de que morreram mais de mil pessoas devido ao cancro do pulmão? E se pensarmos que essas pessoas são pais e mães que deixaram os seus filhos a viver em sofrimento? Será que essas mortes espirituais também não contam? Será que eles também não podem morrer por dentro? Este é o meu testemunho que mostra a principal causa destas mortes e cuja mensagem se pode transmitir numa frase:

FUMAR MATA!

Cinderela Marisa Bastos, 9º A (Texto); Cláudia Santos, 8º C, Adriana Ruas, 8º A e Ana Beatriz Barbosa, 8º A (Ilustrações)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Dia Mundial do Não Fumador - 17 de Novembro



A Biblioteca Escolar, em parceria com o Departamento de Matemática e Ciências Experimentais, assinalam esta data com o desenvolvimento das seguintes iniciativas:

- Concurso de quadras e respectivas ilustrações;

- Visionamento do filme "O Informador",

- Apresentação de Powerpoint sobre os malefícios do tabaco;
- Oferta de paginadores;

- Leitura da história "Fumar mata!", da autoria de Cinderela Bastos, 9º A.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Dia da Tolerância - 16 de Novembro


Para assinalar esta efeméride a Biblioteca Escolar, em articulação com Formação Cívica, apresentou a biografia de Steve Biko (1946-1977), personalidade de destaque na oposição ao apartheid sul-africano.

Reproduziu também a música "Biko" de Peter Gabriel (1980), que se tornou um hino mundial contra o apartheid.